"Analogicamente, pensei em um lar. Onde o filho
encontra-se provavelmente jogando vídeo game, a mãe está descansando, o pai consertando
o carro. Cada qual, sendo um mundo diferente. A leitura e a escrita pra mim,é
exatamente isso: múltiplas visões que me levam para vários outros mundos. E o
incentivo veio, não apenas da minha professora do primário, que colocava
figuras, e orientava-nos a escrever histórias imaginadas por nós, e claro:
sempre o melhor texto era contemplado pelos outros colegas, o que enaltecia o
ato. Mas o incentivo maior , e em
especial, veio de minha família, muito antes da minha participação escolar. Inicialmente,
por atitude de meu pai, que certo dia,
levou a mim e minha irmã em uma livraria, para que ele nos ajudasse a escolher um livro infantil,
e mais tarde, por não sabermos ler, foi ele quem os leu. E o incentivo veio
também, posteriormente, e em particular, de
minhas irmãs mais velhas, tendo como instrumento os livros fornecidos pela
própria escola, ou letras de músicas, ou cartas, ou coleção de gibis, jogos, e
até mesmo as enciclopédias, repletas de figuras, na estante.
"Nenhum sucesso na vida compensa o fracasso no
lar" (David O. McCay). Esta é uma das minhas citações preferidas, ainda
mais válida, porque tenho pra mim, a família, como uma das melhores bases que tive para ler e escrever.
E aprimorei, ao longo do percurso de nossa vida, o ato de ler
e escrever. E ressalva para o ‘’ler
crítico’’. Sei que o ler crítico e
escrever, não permitirá que nos esqueçamos de pensar e deixemos as
circunstâncias fazerem isso por nós. Não deixará que as ideias alheias nos
ensinem a discordar com tudo que vá contra aos interesses de uma minoria. E m especial o ato de escrever. Acho mesmo que escrever é pensar, e
consequentemente decidir o que é “errado” ou “certo” para nós mesmos, ao em vez
de deixar esse veredito para outras pessoas."
Por Ligia Marques
Adorei a linguagem formal e sua estrutura. Parabéns!!!
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